Enotria | Italia

A viticultura na Itália, entendida como a prática da cultura da vinha para a produção de vinho, tem origens remotas; não é por acaso que o antigo nome da Itália era Enotria (terra do vinho), derivado de Enotri, um povoque vivia na região onde hoje è a Basilicata, e que desde 500 anos antes de Cristo desenvolveram e aperfeiçoaram ténicas de viticultura, vinificação e conservação do vinho.

Uvas Nativas 

O termo autóctone reservado a uma vinha significa que esta nasceu e se desenvolveu em um lugar geográfico preciso, adaptando-se ao território que a acolheu até quase se fundir com ele. Como acontece com as famílias nobres, que possuem árvores genealógicas que afundam com segurança no labirinto do tempo, a uva nativa, para ser assim, deve ter residido no lugar de origem por vários anos.

Na Itália podemos orgulhar-nos de um património constituído por mais de uma centena de uvas autóctones de tradição consolidada, umas bem conhecidas, outras em vias de extinção. Felizmente, os vinhos produzidos com uvas indígenas estão na moda hoje, porque são ricos em personalidade e representam uma boa resposta à padronização mundial do sabor.

FONTE: Cutura Italiana

Producão

A Itália é confirmada o país mais produtivo, com quase 55 milhões de hectolitros produzidos em 2018, seguido por pouco mais de 49 milhões na França. A Espanha está em terceiro.

Entre os países exportadores, França e Itália continuam com a parte do leão, seguidos de longe por Espanha, Austrália e Chile, sendo que a França se confirma como o maior exportador de vinhos espumantes, sendo os Estados Unidos o primeiro comprador. A Espanha é a primeira em exportações de vinho a granel (a terceira é a Itália, a sétima é a França), enquanto a Inglaterra é a primeira entre os compradores. Entre os importadores, os Estados Unidos respondem por 17% do quadro, seguidos por China e Inglaterra. A Itália parece ser a nação preferida dos EUA e da Alemanha para as compras de vinhos tranquilos e espumantes, no valor respetivo de 1,5 mil milhões de dólares e 640 milhões de euros, mas quando se trata de bolhas, ambos mostram uma clara preferência pelos franceses (744 milhões de euros contra 444 nos EUA e 243 milhões de euros contra 83 na Alemanha).

IGT - DOP 

A Itália do vinho engarrafado, em 2018, pertencia 15% à Docg, 52% à Doc e 33% à Igt. Os IGPs mais engarrafados são Terras Sicilianas e o Veneto, com diferenças mínimas de quantidade, seguidos de Emilia, Puglia e Toscana. Entre os vinhos Doc, triunfa o Prosecco, que sozinho cobre 23% da produção, seguido pela Delle Venezie. Chianti é o DOCG mais engarrafado, seguido de Asti e Moscato d’Asti.

Mundo Orgânico

Atualmente, pouco mais de 5% dos vinhedos do mundo são certificados como orgânicos, mas a tendência não para de crescer. Espanha, Itália e França sozinhas detêm 71% da área total cultivada com uvas orgânicas, incluindo uvas de mesa. Na Itália, a área de cultivo orgânico é de aproximadamente 16%, com a Sicília ocupando o primeiro lugar por extensão (29% do total), seguida da Apúlia (16%) e da Toscana (14%). O recorde de maior área orgânica, em relação ao total da sua vinha regional, no entanto, pertence à Calábria, que chega a quase 42%, seguindo-se Marcas e Sicília, com cerca de 32% do seu total. Os mercados externos mais promissores para quem quer vender vinho orgânico parecem ser a Finlândia, onde 70% dos consumidores conhecem o assunto, a Suécia (65%) e os EUA (50%).

FONTE: Associazione Italiana Sommelier

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